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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Deuses e Reis: Um Filme sobre o livro de Êxodo



Imagem: reprodução
         
          O épico “Deuses e Reis” foi um grande sucesso de bilheteria no Brasil em dezembro de 2014. Dirigido por Ridley Scott (o mesmo de ‘Gladiador’), retrata, com uma ótica muito própria do roteirista, a passagem bíblica do Êxodo onde Moisés liberta o povo Hebreu da escravidão no Egito.
          É um filme elogiável sob o ponto de vista técnico: figurino, cenário, efeitos especiais e a fantástica recriação, leais aos vestígios históricos, da civilização egípcia. Muitos cristãos tradicionais certamente condenam o filme por não seguir rigorosamente as escrituras. É necessário distanciamento crítico e imparcialidade para entender o contexto.  
          Ora, as próprias religiões divergem entre si sobre diversas passagens do livro de Êxodo, por que um roteirista, de espírito acadêmico, precisa ser absolutamente leal a cada linha do livro bíblico? O personagem de Moisés, por exemplo, foi descrito de forma pertinente. Ele cresceu em uma civilização mais avançada para os padrões da época (a egípcia) e por isso foi capaz de liderar – principalmente sob o ponto de vista diplomático (negociando com o Faraó) e militar (treinando os hebreus cativos).
          O que muitos esquecem é que a cultura passional dos antigos Hebreus abre a evidência de, supostamente, haver alguns exageros e fantasias sobre os fatos – as pragas contra os opressores egípcios, a fenda aberta no mar vermelho etc.. Eles não tinham a formação racionalizada, fruto do nosso pensamento ocidental, que tem raízes na Grécia antiga.
          A produção hollywoodiana serve para aguçar mais ainda a imaginação e colabora para refletirmos ainda mais sobre esse grande livro judaico-cristão: Êxodo.