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O épico “Deuses e Reis” foi um grande sucesso de
bilheteria no Brasil em dezembro de 2014. Dirigido por Ridley Scott (o mesmo de
‘Gladiador’), retrata, com uma ótica muito própria do roteirista, a passagem
bíblica do Êxodo onde Moisés liberta o povo Hebreu da escravidão no Egito.
É um filme elogiável sob o ponto de vista técnico:
figurino, cenário, efeitos especiais e a fantástica recriação, leais aos
vestígios históricos, da civilização egípcia. Muitos cristãos tradicionais
certamente condenam o filme por não seguir rigorosamente as escrituras. É
necessário distanciamento crítico e imparcialidade para entender o contexto.
Ora, as próprias
religiões divergem entre si sobre diversas passagens do livro de Êxodo, por que
um roteirista, de espírito acadêmico, precisa ser absolutamente leal a cada
linha do livro bíblico? O personagem de Moisés, por exemplo, foi descrito de
forma pertinente. Ele cresceu em uma civilização mais avançada para os padrões
da época (a egípcia) e por isso foi capaz de liderar – principalmente sob o
ponto de vista diplomático (negociando com o Faraó) e militar (treinando os
hebreus cativos).
O que muitos esquecem é
que a cultura passional dos antigos Hebreus abre a evidência de, supostamente,
haver alguns exageros e fantasias sobre os fatos – as pragas contra os
opressores egípcios, a fenda aberta no mar vermelho etc.. Eles não tinham a
formação racionalizada, fruto do nosso pensamento ocidental, que tem raízes na
Grécia antiga.
A produção hollywoodiana
serve para aguçar mais ainda a imaginação e colabora para refletirmos ainda
mais sobre esse grande livro judaico-cristão: Êxodo.
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